Calculando

>> sexta-feira, 25 de junho de 2010

Diz ela que anda calculando a vida, coisa de porcentagem, de quem conta o que perde e o que ganha. A cada minuto ela perde um pouco de si, um pouco de tudo e tudo que era bom já quase não existe mais. Nada à frente é visível, ela esfrega os olhos buscando enxergar soluções e me diz "Onde estou não tem paredes, não tem luz e não tem chão". Ninguém é capaz de entender a dor alheia disso ela sabe bem, e nem pede que a entenda. Ela continua a dizer, têm breves amnésias da dor isso acontece em alguns momentos de distração até felizes talvez, raros e que se esgotam trazendo à tona o fenômeno da multiplicação e é aí que ela volta a calcular e dói. Ela se enche de esperança feito um balão de ar, mas súbito é o alfinete que provoca o estouro. Ela não é de dividir e quem a vê em silencio acredita em sossego, mas o sossego aos nossos olhos na verdade é sua maior "inquietação". Por fim me olha com os olhos inchados de quem não tem mais forças pra chorar, diz que quem disse que chorar faz bem é tolo, diz de um nó na garganta e silencia. Eu não sei o que dizer, não falaria qualquer coisa, é aí que (faço o que gostaria que fizessem por mim) eu a pego pela mão e lhe dou um abraço.

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Lendo-me

>> sexta-feira, 18 de junho de 2010

Quando os pensamentos gritam
Quando inibem a concentração
Quando não consigo dizer nem pôr no papel o que sinto
É muito pra pouco, não cabe, me perco então
Quando faltam as palavras
E já não emito som
Estou falando em silêncio

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...

>> sexta-feira, 11 de junho de 2010

Distante de mim
Que não me comporto
Embriaguei-me
Que não caibo mais,
Transbordo.

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